quarta-feira, 6 de maio de 2009

Aquilo era um homem

Sente o horror dos olhos inocentes,
Que vêem o sangue virgem
Correr em violação.

Vê a criatura monstruosa
Que profana o intocado.

Vê a excitação perversa
Que ele chama "virilidade".

E nem o choro e desespero
Daquela que foi irremediavelmente roubada
O faz parar.

Muito pelo contrário.

E ai dela!
Sua pureza donzela
Para sempre manchada em vermelho!

Como pode Mãe?
Tais monstros existirem?
Tais monstros estarem à solta?

Mas foi o que ouvi!
E foi o que me disseram:

Aquilo era um homem...

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Estou usando a sugestão do Sergio. Thanks ;*