quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Os Diferentes

Já aviso que o texto não é meu! Foi meu pai quem me mostrou e achei que devia postar aqui no blog.
Bem, lá vai:


Os Diferentes

Diferente não é quem o pretenda ser. Este é um imitador do que não foi imitado, nunca um ser diferente.

Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errado. Para outros. Que riem de inveja de não serem assim. E de medo de não aguentarem, caso um dia venham a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.

O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido com ele por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças são mortas.

Um diferente medroso, esse sim acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.

Os diferentes muito inteligentes entendem porque os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride.

O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem o querer - alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores. O diferente aguenta no lombo a ira do irremediavelmente igual; a inveja do comum; o ódio do mediano. O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão mas que sempre está certo.

O diferente começa a sofrer cedo, desde o primário, onde todos de mãos dadas, e até mesmo alguns professores por omissão (principalmente os mais grossos), se unem para transformar o que peculiaridade e potencial, em aleijão e caricatura. O que é percepção aguçada em "- puxa, Fulano, como você é complicado!". O que é o embrião de um estilo próprio em "-Você não está vendo como todo mundo faz?".

O diferente carrega desde cedo apelidos e marcações nos quais acaba transformando-se. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.

Diferente é o que vê mais longe do que o consenso. O que sente antes mesmo dos demais começarem a perceber. Diferente é o que se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham.

Diferente é o que: engorda mais um pouco; chora onde outros xingam; estuda onde outros burram. Quer onde outros cansam. Espera de onde já não vem. Sonha entre realistas. Concretiza entre sonhadores. Fala de leite em reunião de bêbados. Cria onde o hábito rotiniza. Sofre onde outros ganham.

Diferente é o que: fica doendo onde a alegria impera. Aceita empregos que ninguém supõe. Perde horas em coisas que só ele sabe importantes. Engorda onde não deve. Diz sempre na hora de calar. Cala sempre em horas erradas. Não desiste de lutar pela harmonia. Fala de amor no meio da guerra. Deixa o adversário fazer o gol porque gosta mais de jogar do que de ganhar. Diferente é o que aprendeu a superar o riso, o deboche, o escárnio e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual.

Os diferentes aí estão: enfermos; paralíticos; machucados; engordados; magros demais; bonitos demais; inteligentes em excesso; bons demais para aquele cargo; excepcionais; narigudos; barrigudos; joelhudos; de pé grande; feios; de roupas erradas; cheios de espinha; de malícia; os diferentes aí estão: doendo e doendo, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.

A alma dos diferentes é feita de uma luz além. A estrela dos diferentes tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos que forem capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.

ARTHUR DA TÁVOLA.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Perdas & Ganhos

“Por fim emergimos das águas mornas da infância e percebemos que existimos – no tempo.”

Essa é uma das realidades com que me deparei ao ler o livro “Perdas & Ganhos” de Lya Luft. Confesso que ainda não terminei de ler o livro, mas estou numa parte em que a autora fala sobre a velhice e o tempo.

Foi então que li aquela frase. E ela faz todo sentido, pois como a própria Lya escreve: ”na infância tudo é sempre agora” pois “estamos ocupados em viver”.

E é fato! Quando foi que paramos de viver em função do “agora”? Quando foi que começamos a viver o “agora” em função de prever o que virá “depois”?

E a verdade é que houve um momento em que percebemos que existimos no tempo, que nos deixamos levar pelo seu fluxo, e -por que não dizer?- que o tempo nos foi até mesmo imposto.

E aqui eu digo que “sim, isso me incomoda”. Porque eu não posso mais parar. Por que eu não posso mais parar? Por que diabos eu não posso mais parar?! Sinceramente, é isso que eu quero! Eu quero PARAR, quero ter TEMPO para sentir prazer nas coisas simples da minha vida! Eu quero VIVER o meu AGORA! Não quero continuar a sentir que meu dia passou rápido demais sem que algo de bom tenha acontecido! Porque não, não sou como boa parte das pessoas que “basta viver e pronto”! Eu quero SENTIR a minha VIDA!

Eu gostaria de acordar em meio ao silêncio, de fazer as coisas ao meu tempo, de viver ao meu bel-prazer. Eu gostaria de parar e sentir o calor do sol na minha pele, de sentir o vento fresco, de ouvir os pássaros cantando, de ver as crianças brincando na praça, de ouvir suas risadas... Isso, pra mim, é PAZ PROFUNDA.

Mas eu sempre sou carregada pela onda de pressa em que estamos vivendo. Não posso parar nem para apreciar os meus pensamentos, não posso parar nem para olhar com deslumbre as paisagens ou os rostos sorridentes que vejo em minha mente. Tem sempre alguém que me impõe o tempo, que não me permite parar.

E sei que haverá aqueles que me dirão: “O tempo é um estado de consciência”. Ao que eu previamente respondo: “Não há como não ter consciência do tempo quando ele está sendo martelado na sua cabeça!”.

E entretanto o Tempo é mesmo uma questão de perspectiva: Onde alguns dizem “ganhar tempo” eu veja as perdas; e onde outros apontam “perda de tempo” eu encontro os ganhos.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O Veríssimo Sabe das Coisas

Dois contos (sensacionais) de Luís Fernado Veríssimo:


1) Era uma vez uma linda moça que perguntou a um lindo rapaz:

- Você quer casar comigo?

Ele respondeu:

- NÃO!

E a moça viveu feliz para sempre, foi viajar, fez compras, conheceu muitos outros rapazes ,transou bastante, visitou muitos lugares, foi morar na praia, comprou outro carro, mobiliou sua casa, sempre estava sorrindo e de bom humor, nunca lhe faltava nada, bebia cerveja com as amigas sempre que estava com vontade e ninguém mandava nela.

O rapaz ficou barrigudo, careca, o pinto caiu, a bunda murchou, ficou sozinho e pobre, pois não se constrói nada sem uma MULHER.

FIM!


2) Era uma vez, numa terra muito distante, uma linda princesa independente e cheia de auto-estima que, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas, se deparou com uma rã.
Então, a rã pulou para o seu colo e disse:

– Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Mas uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A minha mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavarias as minhas roupas, criarias os nossos filhos e viveríamos felizes para sempre…

E então, naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria e pensava:

– Nem fo…den…do!

FIM!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mensagens Para Sempre

Bom, pessoas, outro dia eu estava relendo o livro "Mensagens Para Sempre" do autor Richard Bach. O livro em si é uma coletânea com frases de vários livros desse autor brilhante! Então resolvi postar aqui no blog as minhas frases favoritas! Ah, coloquei os nomes dos livros logo depois das frases. Enjoy and think about them (h)


“Sempre há uma razão para se viver.
Podemos nos elevar sobre nossa ignorância,
podemos nos descobrir como criaturas
de perfeição, inteligência e habilidade.
Podemos ser livres!” - De Fernão Capelo Gaivota

“Se desejas tanto a liberdade e a felicidade,
não vês que ambas estão dentro de ti?
Pensa que as tens e as terás.
Age como se fossem tuas que serão.” – De Ilusões

“O que sonhas enquanto acordado,
guarda o desejo de libertar-te de tudo o que te ata:
a rotina, o fastio, a solenidade.
O que não compreendeste é que já és livre,
Como sempre tens sido.” – De Ilusões

“Quando amas alguém e sabes
que ele está pronto para aprender e crescer,
tu o deixas em liberdade.” – De Um

“O importante não é se algo já está feito,
mas que temos infinitas possibilidades de escolha.
Nossas escolhas nos levam a experiências
que nos fazem compreender que não somos
as criaturas pequenas que parecemos ser.
Somos expressões interdimensionais da vida,
espelhos do espírito.” – De Um

“Ninguém pode nos proibir de fazer
o que queremos fazer.” – De Ilusões

“Cada um de nós é, na verdade,
uma idéia ilimitada da liberdade.” – De Fernão Capelo Gaivota

“Existem todas as possibilidades,
a mais absoluta liberdade de escolha.
Como em um livro, onde cada letra
permanece para sempre na página,
mas o que muda é a própria consciência
que escolhe o que ler e o que deixar de lado.” – De Um

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Que Fazer?

Quem? Quando? Como? Alguém anotou a placa?
Deixando as brinks de lado, algo aconteceu bem recentemente: eu de repente me vi atropelada por sentimentos e emoções, certezas e incertezas, perguntas e respostas, bem-estar e mal-estar.

Não, não estou grávida, nem de TPM, ou qualquer estupidez que queiram falar. E tenho que dizer que precisei de toda a minha presença de espírito e de toda a minha frieza lógica pra não ser arrebatada por toda aquela confusão. Não deixar transparecer foi importante e difícil também. E se por um lado consegui, por outro, não.

Aconteceu de forma simples e, certamente, natural: a calmaria se instalou a minha volta, e logo depois (como eu havia previsto) veio a tempestade, que passou tão rápido quanto veio! Sério, não deu dois beijinhos, não se despediu nem nada! Fiquei boba com a falta de educação! –n

Anyway, estou em um momento de pós-tempestade. Não estou confusa, mas também não tenho solução pra nada do que senti.

Estar dividida entre duas pessoas queridas é sempre uma situação tensa e incômoda: de um lado sinto paixão, um desejo que secretamente ferve nas minhas veias; de outro, sinto um gostar difuso, um amor indizível e puro, sem qualquer mácula ou desejo físico. E entretanto, quero e não quero os dois...

Sinto meus pés no chão, me sinto lógica nesse momento, mas uma parte de mim (naturalmente insegura) sente desamparo. E apesar de eu tentar não pensar nisso, apesar de toda a distração das tarefas diárias, fica essa pergunta ecoando no fundo de minha mente, de forma incessante: O que fazer? O que fazer...?

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Through the Pain

I feel hurt.
For I know that, between you and me, you'll always be the chosen one.
And I'll always be left behind.
Even now, I can't walk by your side, I'm always seeing your back as you walk away.
Even then, I know: I could never blame one of you.
Because I like you both, and I love you both.
And this hurts me even more.
For I couldn't even rely on hate to relieve this empty feeling in my heart.
To love you both is my bless, and yet, my curse.
Maybe I had the worst sentence. Maybe I had the worst luck.
I guess I was too spoiled by both of your smiles.
I thought they would always turn upon me.
And now I see it from such a great distance as you smile for each other.
And I feel cold and dead without the warmth of your eyes, with this jealousy slowly corroding my heart.
Maybe this is just me being selfish, wanting both of you all to myself.
Even though, I deeply feel that I can't monopolize any of you.
And I myself don't want to do it, for your freedom is my joy.
So turn your face towards me once again, for I have one last thing to show you and one last thing to tell you.
Can you see it, my beloved ones?
Though my heart feels empty, my soul is so fulfilled by love for you that this feeling is overflowing...
And this is my tears.

So don't mind me, and know this: I love you, and I bless you.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Aquilo era um homem

Sente o horror dos olhos inocentes,
Que vêem o sangue virgem
Correr em violação.

Vê a criatura monstruosa
Que profana o intocado.

Vê a excitação perversa
Que ele chama "virilidade".

E nem o choro e desespero
Daquela que foi irremediavelmente roubada
O faz parar.

Muito pelo contrário.

E ai dela!
Sua pureza donzela
Para sempre manchada em vermelho!

Como pode Mãe?
Tais monstros existirem?
Tais monstros estarem à solta?

Mas foi o que ouvi!
E foi o que me disseram:

Aquilo era um homem...

-----------------------------
Estou usando a sugestão do Sergio. Thanks ;*

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Lua

Ela é a Donzela mais bela já que vi.
Que jamais verei.
E eu soube, desde o princípio,
Que ela seria a única pra mim.
Sua imagem estará pra sempre em minha memória
E em minha alma estará seu olhar
Que sem piedade se apossou do meu coração.
Tão Bela! Tão Pura!
Amo-a para sempre!
Até minha morte e além
Pois sua Beleza não tem limites:
Branca tez, como se jamais tocada pelo Sol.
Os cabelos negros, um véu de céu noturno,
Caindo-lhe até os pés.
Pés tão leves que sequer tocam o chão
Os olhos, de escuridão sem fim, insondáveis.
E tudo nela brilha em prata
Como aura, como bênção
Da Divindade que a fez divina.
E piedosa é sua Criadora
-Pois Deus nenhum seria capaz de concebê-la-
Que não lhe deu voz,
Que não lhe deu palavras:
Se as tivesse seria covardia.
Não haveria surdez que não ouvisse sua fala
Ou, quem sabe, quem a ouvisse ficasse surdo,
Para nunca mais ouvir outro som
E recordar da sua voz eternamente.
E a lembrança de ti seria perpétua,
Perduraria a quaisquer circunstâncias.
Atravessando as barreiras da Morte,
Anulando o esquecimento da Vida.
Tudo por amor a ti.
Bela inalcançável, mas por todos querida.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

The Champs

Esse foi o sonho campeão de criatividade / nonsense. Dificilmente vou ter um outro que o supere...

Eu e o meu irmão (sempre ele, né?) estávamos caçando dragões de comôdo num riacho do Japão (Atoron quando meus sonhos atravessam barreiras geográficas). Num dado momento o dragão fica puto da vida e começa a perseguir a gente. No meio da fuga nós caímos numa armadilha e somos atacados por um dos monstros de um livro que eu li. Nós começamos a gritar pelo dragão e, então, ele salva a gente. Depois disso saímos andando como se nada tivesse acontecido e entramos numa floresta. No chão tem um monte de crocodilos que, felizmente, não nos incomodam, então passamos direto por eles. Logo depois, têm uma parte com uns arbustos um pouco altos (na altura do meu ombro) que chamam nossa atenção. Nós esticamos o pescoço e vemos do outro lado um mini-elefante africano (no Japão. Atoron quando meus sonhos atravessam barreiras geográficas [2]). Andamos mais um pouco e damos de cara com aquele mesmo elefante. Ele começa a ameaçar a gente como se fosse atacar. Interessantemente, eu e meu irmão ficamos parados olhando o mini-elefante sem um pingo de medo. Infelizmente eu recuo de maneira brusca (sem o menor motivo pra isso. Meu irmão continuou parado...) e, maldito seja, meu irmão disse alguma coisa pro elefante. Logo depois o elefante estava correndo atrás de mim tentando me atacar. Chega o momento em que eu fico puta e me viro pra enfrentar o mini-elefante africano. Eu pego ele pelas presas e rosno pra ele (?). Ele me diz alguma coisa (O.o ???) e foge logo depois. Continuamos a andar, procurando alguma coisa que não sabemos ao certo o que é. Nessa parte a floresta é de bambu (um dos motivos pelo qual eu presumo que seja no Japão), mas no chão tem um pedaço de tronco de árvore enorme com um homem amarrado nele. Era Jesus. Eu e meu irmão cagamos solenemente pra Jesus e passamos por cima dele. Continuamos andando até chegar num “beco” sem saída. E então resolvemos voltar. Quando voltamos reparamos que tudo em volta parecia meio destruído e vemos no fim de uma curva o que procurávamos: era um gorila adulto de pêlo azul-escuro (tão óbvio!)! Nós corremos pra não perder ele de vista, mas quando chegamos perto o bastante ele virou e começou a voltar. Imediatamente, nós nos tacamos no meio da floresta e ficamos agachados vendo o gorila, desconfiado, passar por ali. Mas como tínhamos corrido, estávamos ofegando, então achei que o gorila fosse nos achar e resolvi fazer alguma coisa pra que isso não acontecesse (porque ele obviamente iria nos matar!): peguei uma pedra e taquei pro lado. Não deu certo. O gorila olhou diretamente pra mim (viva! Sou idiota!). Ele veio pra cima de mim com os punhos levantados pra me bater (me enterrar no chão com um pancada só). Em uma das mãos ele tinha uma pedra (ai, meu crânio), e na outra ele tinha uma banana (?). Foi o que me salvou! Eu disse (em japonês) “eu gosto de banana!” (o que é uma mentira). E ele me respondeu, em japonês também (prova evidente de que estávamos no Japão), “eu também gosto!”. Depois disso eu e meu irmão éramos macacos e estávamos indo com o gorila (nosso novo amigo *--*) pra algum lugar. O gorila então me disse, logicamente me japonês, muito embora eu não faça a menor idéia de como se fala isso (mas no sonho eu entendi): “Ei, eu matei Jesus!” (o homem na árvore, lembram?). E eu: “Nãão. Jesus ressuscita.”. Ele: “Claro que não! Eu matei Jesus!” E eu: “Ta bom.” (como se eu fosse louca / retardada o suficiente pra discutir com um gorila! Hmph! Nem em sonhos!) Depois disso, sei que estávamos num tipo de esconderijo acabando com os planos (que planos?) de dois caçadores. Eles acionam um dispositivo de autodestruição e conseguem fugir. Nós também fugimos a tempo, mas não deu pra ver a explosão porque meu despertador tocou e eu acordei...

Moral do sonho: O Japão deve mesmo ser um lugar fascinante! E (lamento muito se vocês foram iludidos) Jesus não foi crucificado, ele foi morto por um gorila adulto de pêlo azul-escuro!

terça-feira, 7 de abril de 2009

Sonhos [2]

Os sonhos nonsense são os que normalmente tenho. E eu os adoro, do fundo do meu coração, eu os adoro! Eles são divertidos, e meo deos, como são criativos! Eu nunca seria capaz de cria-los se estivesse acordada! Eles vão desde eu e meu irmão sendo perseguidos por prostitutas (não me perguntem o motivo) que jogavam cobras encima da gente (?), até eu e meu irmão enfrentando uma família maligna, utilizando mantos mágicos com emblemas e cores diferentes que davam ao usuário uma habilidade especial (muito desenho? Não, que isso!). Repararam que o meu irmão está sempre junto nesses sonhos? Eu também reparei... Mas isso não vem ao caso!

Os mais recentes foram muito interessantes! Em um deles, eu era uma ladra que roubava um shopping muito grande usando... bem até agora eu não sei como eu fazia aquilo. Tudo que sei era que eu usava uns patins e que eu ia passando pela frente das lojas (é, eu nem entrava) e as coisas dentro delas iam sumindo e iam pra não-sei-aonde. Mas dentro do sonho, eu estava perfeitamente consciente de que estava roubando (e não tinha nada de errado nisso), e ainda por cima estava convencida de que eu encontraria depois as coisas que tinham ido pra não-sei-aonde.


Sobre os premonitórios não há nada a dizer. São os famosos dejavú que todo o mundo têm.

Mas se há uma coisa que eu adoro sonhar é o (também famoso) sonho de estar caindo num abismo. Todas as pessoas que eu conheci até hoje (pelo que eu sei) odeiam esse tipo de sonho! Dizem que acordam no susto e tudo mais, mas eu não posso me lembrar de acordar assim. Sempre acordo bem, tranqüila e perfeitamente satisfeita! Por quê? Simples. É como se o sonho me tivesse dado a oportunidade de voar sem correr qualquer perigo! É o cair livremente sem ter o receio de se esborrachar no chão depois! Têm coisa melhor?

Acho muito interessante quando tenho sonhos repetidos. E isso porque na maioria das vezes eu percebo a repetição dentro do sonho mesmo! Quando eu acordo é tipo: “Já sonhei com isso...”. Mas quando estou sonhando é: “Ih! Já estive aqui!”. Um que é clássico pra mim foi um que tive a alguns anos atrás. Nesse sonho eu estava num andar de um prédio, e entrava numa parte que parecia uma recepção. Eu lembro bem da sala, inclusive no sonho eu reparei num enfeite que estava encima do balcão. Eu peço informação pra recepcionista (não lembro do diálogo), e depois me dirijo, um pouco hesitante, a uma porta do outro lado da sala. Quando entro vejo um homem lá, parado no centro e vestindo um quimono de artes marciais (ou assim suponho). Sei que conversamos alguma coisa, mas não posso me lembrar de nem uma palavra. No fim das contas (pasmem vocês ou não) nós começamos a lutar. Ele era tipo um faixa preta em jujitsu e eu lutava num free style (ou no-style). Eu vencia, é claro! Lembro que depois vinha uma mulher e eu lutava com ela também, mas não sei o resultado dessa luta.

Na segunda vez que tive esse sonho, eu “reconheci” o lugar e por isso o sonho foi consideravelmente diferente. Por exemplo, quando eu entrava na recepção eu via no balcão o enfeite de antes e pensava “já vim aqui”. Eu não falava com a recepcionista, na verdade nem olhava pra cara dela. E seguia direto (desta vez confiante) pra sala de antes. E então é como no outro: o mesmo homem de quimono no centro da sala. Aparentemente me esperando (ou a um desafiante), como antes. Não lembro de ter tipo conversa dessa vez. Partimos pra briga: ele lutando, como antes, jujitsu e eu, não lutando o no style da outra vez, mas lutando kung-fu (?). Mais uma vez eu venci. Infelizmente acordei antes de lutar com a mulher... droga, até agora não sei quem ganha...! ¬¬

Coclusão: Se tiver briga, apostem em mim! (h)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sonhos

Ah, bem, eu nem mesmo preciso fazer a introdução do assunto, né? Afinal, o título é bem óbvio. Mas se vamos fazer, façamos bem feito!

Esclareço logo de cara que o sonho de que falo é do tipo que você tem quando dorme, e não o seu ideal / objetivo na vida. E quem já me ouviu falar sobre meus sonhos, sabe que eles são, na maioria das vezes, bem malucos. Quando não são psicopatas!

Quando acordo, eu costumo me lembrar perfeitamente bem de, pelo menos, um sonho que tive naquela noite. E como a minha memória é uma bosta², eu normalmente esqueço tudo conforme o dia passa. Felizmente, existem muitos sonhos dos quais eu me lembro. Seja por terem me causado uma forte impressão (os psicopatas, por exemplo), seja por terem sido tão sem-noção que fazem com que fique difícil de esquecer, seja por serem premonitórios, ou seja por serem repetidos. Por hora, vamos nos concentrar nos psicopatas.

Os sonhos psicopatas vão desde eu matando um amigo de infância e o meu irmão, até eu, minha mãe (?), meu irmão e esse mesmo amigo de infância invadindo uma favela (matando muita gente no caminho o.o”). E isso, é claro, passando pelo sonho em que eu, a Tatiana e os amigos da escola dela (que na maioria eu só conheço de vista) fazemos um percurso matando a tiros uns caras vestidos que nem os do filme “MIB – Os Homens de Preto”. Interessantemente esse tipo de sonho não me assunta, nem me impressiona, nem me surpreende. Eu, na verdade, acordo eufórica, morrendo de vontade de contar pra alguém (na maioria das vezes pro meu irmão e pra Tatiana).

Um dos sonhos desse tipo mais intrigantes que eu já tive (embora seja beeem sem-noção) é o seguinte: Eu e meu queridíssimo amigo Bruno estávamos dirigindo um jipe (ele dirigindo e eu no carona) no meio do deserto. Eis que eu fico com sede (nada mais natural estando no meio do deserto) e resolvo parar numa loja de conveniência (sim, no meio do deserto. Realmente, muito conveniente.) pra comprar uma coca-cola (nada mais lógico. Claro que não teria água no meio do deserto!). Eu entro na loja sozinha. Lembro perfeitamente bem que o preço da coca-cola era absurdo (embora a padaria perto daqui de casa cobre um preço quase igual. –motivo pelo qual eu não compro lá-), não me lembro de ter pago, muito embora tenha a certeza de não ter roubado. Quando saio da loja de conveniência muito conveniente, vejo um mendigo deitado no chão / areia perto da loja. E então, por motivo nenhum eu vou até ele, o Bruno já do meu lado, e começamos a espancar o pobre do mendigo. Dávamos socos e chutes (muitos chutes), até o Bruno, então, encontrar um taco de beisebol (não sei aonde) e vocês podem imaginar o quão ruim isso foi pro mendigo. E isso até (acho) matarmos o cara. Depois disso, voltamos ao jipe e o sonho acaba.

Moral do sonho: Não compre coca-cola em lojas de conveniência no meio do deserto. O preço é absurdo!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Livros

Eu devo estar com uns 4 livros para ler. E, entretanto, ando tendo vontades repentinas e passageiras de ler outros livros que tenho, sendo que já li todos eles. Não é que os livros que eu estou “deixando de molho” não sejam bons (são muito interessantes!) só não estou no clima pra eles... Tem um que é a autobiografia de um psicologista (Carl Gustav Junj) muito foda (com “ph” e 2 “d’s” de toddinho = phodda). O outro é “O mundo é Bárbaro”, do Veríssimo (que pelos céus, é o Veríssimo, então não tem mais nada a se falar!). O outro é “O mundo de Sofia”, não sei o nome do(a) autor(a), mas é sobre filosofia (o que é muito interessante! Bom, pelo menos pra mim.). Tem também o último volume do “Crepúsculo”, “O Amanhecer” (sim, eu li o Crepúsculo e gostei. Me apedrejem, me crucifiquem... Ó que mártir! –sarcasmo²). São todos muito interessantes, mas nenhum deles realmente me conquistou. Quando eu gosto de verdade de um livro, eu leio compulsivamente (eu levo de 3 dias a uma semana para ler um livro de aproximadamente 500 páginas, raramente levo mais tempo que isso.) Não sossego enquanto não ler a última palavrinha escrita nele! Mas ultimamente os livros “novos” (diz-se “os que eu nunca li”) não têm chamando minha atenção... Acho que estou ansiando pelo que me é familiar.

Por exemplo: a algumas semanas atrás, tive uma vontade imensa de reler As Brumas de Avalon. E foi muito de repente mesmo! Eu estava na minha cama prestes a dormir quando pensei “Ai, Avalon... Que saudade...!”, como quem sente saudade de casa! Alguns dias depois, uma amiga minha me devolveu o 1° volume da série que estava com ela. Eu não reli ainda, mas continuo a sentir aquela sensação nostálgica dos “velhos tempos”. “Avalon” (para os íntimos) continua sendo a obra-prima do romance pra mim. A Marion (é a autora. Eu falo dela como se a conhecesse pessoalmente.) é minha ídola, uma Deusa! Os livros que ela escreveu me deixam em estado de êxtase por semanas!

Outro livro que eu quis reler foi “Porque os Homens Fazem Sexo e as Mulheres Fazem Amor”. Céus, que livro bom! Quem nunca leu não sabe mesmo o que está perdendo! Não só é um livro informativo, como também é hilário! O quanto eu ri lendo aquilo! Mas ri alto, que nem uma retardada! Ao contrário do que o título indica o assunto não é focado em sexo / amor, mas nas diferenças entre homens e mulheres no geral. O casal que escreveu o livro (Allan e Bárbara Pease) foi genial! Mostrando as diferenças por fatos, dados de pesquisas, e experiências pessoais, eles basicamente ensinam como conviver bem com o sexo oposto. Para aqueles que tem problemas de namoro por causa de desentendimentos esse livro é obrigatório! Recomendo totalmente!

Também quero muito reler meus “livretos de estudo”. Quero relembrar a Lei da Não-resistência, o Poder das Afirmações, e é claro, reler o “Amar a Si Mesmo” da minha queridíssima amiga e Mestra, Léa. *-*
Vou ficando por aqui com a minha nostalgia literária. ;*

segunda-feira, 23 de março de 2009

Sábados

Ultimamente tenho estado de bem com a vida. O que é ótimo! Exceto pelos sábados. Não sei porque, mas nos sábados, lá pela tarde / noite, não me sinto nada bem. E tenho reparado que é realmente um padrão. Já fazem umas 3 ou 4 semanas que isso está acontecendo. E eu sempre fico num estado lamentável: ou amargurada, ou triste, ou irritada. É extremamente frustrante para uma pessoa como eu perder o controle ou ficar excessivamente emocional. E não consigo encontrar nenhum motivo para isso acontecer! E esse é o pior! Não estou me entendendo! A única coisa que consigo entender é o que me leva a cada um dos estados finais (amargura, tristeza, irritação). Nenhum deles vem de fora, vem de dentro de mim. Me induzo a cada um deles dependendo do tipo de pensamento destrutivo que tenho. Se uma pessoa chega pra mim e diz uma coisa (mesmo que seja uma coisa inocente e inofensiva) eu provavelmente vou encontrar uma interpretação desagradável. Ou vai me trazer lágrimas aos olhos, ou vai me causar repulsa, ou vai me deixar enfurecida. O que, no fim das contas, é muito parecido com o estado em que eu ficava quando estava com depressão. Curiosamente, isso só acontece nos sábados e só dura até o fim do sábado! Eu durmo e acordo no domingo bem de novo! Eu só fico com aquela lembrança incomoda, mas todas as coisas desagradáveis que pensei no dia anterior perdem todo o sentido. O ideal, então, é fazer algo de que goste no domingo, dessa forma as sensações do sábado desaparecem.

A propósito, ontem fui na casa do Bruno (uma pessoa muito especial pra mim), e tive um fim de tarde agradável ao lado de pessoas que amo muito e que eu não via a algum tempo.
Ah! Nada como uma tarde com os amigos pra esquecer o sabor amargo do sábado!
Muito obrigada por me darem (mais) momentos felizes na minha vida! Beijos e abraços pro Bruno, pro Hugo, pra Nathalia, e claro, pra Tatiana também (obrigada por me ouvir e aturar no sábado u.u")!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Meu Estilo de Vida

Muita coisa aconteceu durante o último ano do ensino médio. Depois que terminei a escola, resolvi tirar um ano só pra mim. Foi no ano passado (2008), que eu repensei minhas crenças, criei novas filosofias que pudessem me ajudar, juntei meus “pedaços”, compreendi as coisas que aconteceram comigo, perdoei todos aqueles que me magoaram ou decepcionaram (e me perdoei também), e me conheci melhor.

Tudo isso levou ao estilo de vida que eu levo hoje. Mesmo agora, enquanto escrevo, me sinto inteira e perfeitamente responsável pela minha vida. Aprendi a não me arrepender, a não reclamar da vida que eu tenho, a tomar responsabilidade pelas coisas que acontecem comigo e a minha volta, e também adquiri uma visão mais otimista das coisas.

Tudo pelo qual eu passei, coisas boas e ruins, são como os tesouros da minha vida. Fizeram de mim o que eu sou hoje, e nada poderia substituir essas experiências. Hoje, eu aprecio até mesmo o meu sofrimento. Acredito que toda experiência ruim ensina uma coisa boa. E aquele que sofre repetidas vezes, é aquele que cisma em não aprender o que está sendo ensinado.

Também não considero reclamar uma coisa boa: aquele que reclama se torna uma pessoa amargurada e rabugenta. Sem contar que é uma atitude um tanto covarde. Você meio que foge à responsabilidade, porque tudo o que acontece na sua vida, acontece com o seu consentimento (consciente ou não). E se você tem tempo pra reclamar então tem tempo pra consertar a situação. E se for irremediável, então nem perca seu tempo pois não vale a pena! Aceite as coisas como elas são e siga em frente.

A mesma coisa vale para arrependimentos. Se souber que vai se arrepender, não faça. Se fizer, não se arrependa, se responsabilize (afinal, foi você que escolheu!). Se for irremediável, não adianta se arrepender, se perdoe, siga em frente. Se for remediável, então pra que se arrepender? Conserte! Em outras palavras: “Não se arrependa nunca!”.

Não diga coisas como: “Eu nunca escolhi nascer nessa família!”. “Eu nunca escolhi isso” e “Eu nunca escolhi aquilo” também são desculpas para se fazer de vítima e fugir à responsabilidade. Isso porque você provavelmente escolheu sim! E só porque você não lembra, não significa que não o fez! Eu acredito em renascimentos, em outros Planos. E acho que coisas como nascer numa determinada família, num determinado país, são escolhas que nós fizemos.

“Deus” também ganhou um novo significado e uma nova importância pra mim. Não sou uma pessoa religiosa, sou espiritualizada. Mas esse assunto fica para um próximo post. Eu vou ficando por aqui. ;)

domingo, 15 de março de 2009

"Para Sempre"

Não gosto de "sempre". Eu uso bastante a palavra em meus poemas (porque poema tem escrita livre!), mas no fundo não gosto dela. E isso já tem muito tempo. Ela sempre me intrigava nos "felizes para sempre". Quer dizer, e isso lá é possível?! Tudo bem, eu entendo que uma história perdura através do tempo, mas e dentro do mundo da história? Dentro daquele universo os personagens não são eternos, não é? Eles morrem, não é? Então como pode ser "para sempre"?!

E outra: mesmo que o sentido seja "para sempre (enquanto dure o nosso amor)", então que "amor" é esse? Que "para sempre" é esse? Isso não existe mesmo! Se por outro lado o sentido for "felizes para sempre (enquanto vivermos)", então essa é uma mentira deslavada! Como é que é isso? Só existe um inimigo? Uma bruxa malvada em todo aquele mundo fictício? Como é? A madrasta não apronta mais nenhuma? Como é que é isso gente?! Se for um reino, não tem reino inimigo? Não tem gente invejosa e nem gananciosa? E guerras? Uma guerra entre gigantes e anões e a Branca de Neve é morta numa dessas?! Quer dizer, qual foi? Podia acontecer! Todo mundo sabe que eles são inimigos mortais! Não tem isso?? Então que diabo de mundo é esse?!
Fico indignada! E a causa de tudo é esse "sempre" aí. Se ele não estivesse lá o final seria "e eles foram felizes". Ficaria aquele mistério, aquela pergunta no ar: "até quando?". Mas o "sempre" estraga tudo! Ele não existe!

Outra situação em que o "sempre" me irrita: "blablablablabla eu te adoro, blablablablabla amigas para sempre". A pergunta é: Como é que vocês sabem? Será possível que não existe, nesse mudo insano no qual vivemos, sequer um motivo para que você corte relações com uma pessoa? Será que não existe um acontecimento, uma situação, um incidente que te faça dizer "Não quero mais ser sua amiga!" ou "Nunca mais quero ver tua cara, sua vaca!" ? E aí? Pra onde vai o "amigas para sempre"? E sinceramente, quantas vezes eu já não vi essa palhaçada escrita em uma carteira na sala de aula?! Quantas vezes você já não viu isso escrito?? Ou ouviu isso? Como eu, você já deve ter perdido as contas! Quantas vezes você já não viu uma amizade se desfazer? Quantas vezes você já não parou de falar com alguém? E as vezes você tinha dito que era "para sempre". Eu mesma já disse isso e não pude cumprir! Acontece! São desventuras da vida! Não se pode dizer que é "pra sempre"! Não tem como saber!

Será possível que eu fui a única retardada que parou pra pensar nisso?

quarta-feira, 11 de março de 2009

Mais um.

Foi muito interessante ouvir minha mãe me pedindo pra não ter um blog. -n
O motivo? "Porque nada na internet é seguro e alguém pode roubar suas idéias". Sim, claro. Como se eu fosse uma pessoa brilhante. u.u'
Muito bem! Ignorando completamente as lamúrias de minha mãe, aqui está mais um poema:


Como se Fosses o Outono


Ah! O início da doce Primavera,
Que nunca chega até você.
O término do brilhante Verão,
Que não parece te afetar.
Com você é sempre assim:
O céu escurece,
Os ventos lamentam...
E tudo que você quer é somente sentir.
Dar tudo... Dar tudo por este maravilhoso momento!
Se este momento apenas chegasse...
Mas seus pensamentos não renderam em nada
“Tudo” se transformou em “nada”.
Sim. Você é o Outono.
É o cair da última folha...
Que não é amada por ninguém.
É como ser levada pela tristeza que dança
Com o chegar dos ventos de Inverno.
Isto é o que você é:
Um murmúrio do Outono.

segunda-feira, 9 de março de 2009

AEAEAE

Pois é galere, resolvi criar um blog. Ando sem nada pra fazer e o tédio sempre fala mais alto. ;)
Saudações e um poema ;*


Quadro

Lá estão elas de novo.
Emolduradas em bronze,
Sempre há uma mulher e uma menina
Que me olham, nunca de forma diferenciada.
Nunca as vi se mexerem.
Nunca me disseram sequer uma palavra.
Apenas me observam do alto.
São cores que contrastam o branco do meu mundo.

Atrás delas sempre há um céu azul
Com nuvens brancas que não se movem
E nunca trazem chuva.
O sol brilha envolta delas, mesmo quando é noite.
E o vento que sopra nelas parece imóvel.
A seus pés há sempre um campo florido
Que nunca murcha, apesar das estações.

A menina nunca cresce.
A mulher nunca envelhece.
E elas estão sempre olhando pra mim.
Ah, o quanto já me viram sorrir!
E o quanto já me viram chorar?!
São as constantes testemunhas de minha vida
Em meu mundo particular!
E eu, aqui, apenas me pergunto:
Quem será que as fez eternas?