Ultimamente tenho achado que estou enlouquecendo.
Há essa loucura se intrincando no meu ser. Está na minha mente, nos meus sentimentos, e até mesmo no meu corpo; se enroscando nas minhas veias, queimando sob a minha pele.
Não sei se estou obcecada pela loucura ou se é ela que está obcecada por mim. Sei que ela vem. Me puxando pelo pulso, violenta, me jogando contra a parede como homem nenhum faria, e colando em mim, pressionando, me puxando pelo cabelo e me olhando nos olhos, um olhar travesso acompanhado de um sorriso travesso. Provocante, tentadora... E aproxima a boca da minha sem jamais me beijar.
Acho graça.
Ah, a irreverente e inconfundível arte de seduzir o que já se tem nas mãos! Se a loucura fosse gente, não tenho dúvidas: seria uma mulher.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Epifania Diária (19/09/11)
Sentei no bar ao lado do meu coração. Vimos ela passar mais uma vez. Suspiramos.
- Realmente. Você escolhe cada uma para amar...
Ele não respondeu, virou uma dose e fez uma careta pelo gosto amargo.
- Mas sabe, acho que no fundo você gosta disso. Tem que gostar, pela quantidade de vezes em que nos encontramos aqui. Já é quase um hábito.
De novo, não obtive resposta alguma. Coração não dá satisfações. - pensei com um suspiro cansado.
Peguei seu copo, calmamente, e lhe servi mais uma dose de sofrimento.
- Vá em frente, beba. – eu disse. E ele virou o copo mais uma vez, novamente fazendo uma careta.
É, é sempre assim.
- Realmente. Você escolhe cada uma para amar...
Ele não respondeu, virou uma dose e fez uma careta pelo gosto amargo.
- Mas sabe, acho que no fundo você gosta disso. Tem que gostar, pela quantidade de vezes em que nos encontramos aqui. Já é quase um hábito.
De novo, não obtive resposta alguma. Coração não dá satisfações. - pensei com um suspiro cansado.
Peguei seu copo, calmamente, e lhe servi mais uma dose de sofrimento.
- Vá em frente, beba. – eu disse. E ele virou o copo mais uma vez, novamente fazendo uma careta.
É, é sempre assim.
Epifania Diária (26/10/11)
Hoje a literatura me devasta: me toma, atormenta e dilacera.
Respiro, e parece-me que são palavras, e não ar, que enchem meus pulmões. E elas fervilham na minha cabeça, um burburinho constante.
“Diga-me, escreva-me, ouça-me, esqueça-me.”- Elas me dizem.
Hoje quero acabar-me em palavras! Quero dizê-las todas e sequer sei o que tenho a dizer!
Calo-me então, segredo-as, contando apenas algumas para o papel.
Por conta de minha fraca memória, gostaria de escrevê-las, registrá-las, todas elas: quantas epifanias vieram e se foram sem deixar quaisquer vestígios!
Mas é improvável, é impossível. Minhas mãos jamais serão rápidas o suficiente para acompanhar minha mente.
Portanto, enterro-as, e lhes faço uma lápide:
“Aqui jazem as palavras que não fui rápida o bastante para escrever.”
Respiro, e parece-me que são palavras, e não ar, que enchem meus pulmões. E elas fervilham na minha cabeça, um burburinho constante.
“Diga-me, escreva-me, ouça-me, esqueça-me.”- Elas me dizem.
Hoje quero acabar-me em palavras! Quero dizê-las todas e sequer sei o que tenho a dizer!
Calo-me então, segredo-as, contando apenas algumas para o papel.
Por conta de minha fraca memória, gostaria de escrevê-las, registrá-las, todas elas: quantas epifanias vieram e se foram sem deixar quaisquer vestígios!
Mas é improvável, é impossível. Minhas mãos jamais serão rápidas o suficiente para acompanhar minha mente.
Portanto, enterro-as, e lhes faço uma lápide:
“Aqui jazem as palavras que não fui rápida o bastante para escrever.”
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